quarta-feira, 18 de junho de 2014

Palavrão, a paixão municipal



É complicado filosofar sobre
mas sim eu falo palavrão convicto 

ache melhor que "cu!" pra expressar
as frustrações de um dado indivíduo

Tão pouco um "cassete" falado em hora
ser superado por fina retórica

um "filho da puta" se bem usado
nem remete pro ouvinte o falado

Pensa na ofensa não sua referência
mas expressa raiva que nem "buceta"

sem no momento credo ou distinção
nem classe social ou inibição

Em todo o mundo, falou, tá falado
quem não usar, é triste mas controlado 

Seu discurso é livre sem redondinha
cultura é rica igual gastronomia 

Não quer dizer que não domine a língua 
quer dizer por vezes: 
- "que se foda a regrinha"

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